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sábado, 6 de junho de 2020

TREM NOTURNO DE LISBOA



16 de outubro de 2015. Últimas horas em Lisboa. Na plataforma 5 da estação Gare do Oriente o relógio marcava 21:32. O coração batia extremamente acelerado por eu haver chegado a tempo para o trem que sairia em dois minutos, bem como pela ansiedade de uma aventura envolvida de mistérios, inspiração e outras coisas mais que estava para começar. Nada era acaso e teve origem por volta de um ano antes quando Raimund Gregorius, um professor suíço de latim encontrou um bilhete de trem no casaco de uma mulher que ele havia salvo de suicídio em uma ponte de Berna, no filme “Trem noturno para Lisboa”, do diretor dinamarquês Bille August, adaptação do best seller (Nachtzug nach Lissabon), do suíço Pascal Mercier. 
No meu caso Lisboa era o ponto de partida e o destino não era Berna, onde eu estivera dois anos antes.
Já a bordo, alguns outros viajantes solitários como eu liam, escreviam, ouviam música, dormiam ou simplesmente olhavam pela janela a paisagem noturna quase imperceptível, enquanto um grupo de russos e uma família de brasileiros um pouco à frente falavam sem parar. 
Recordo bem da luz dourada e dos dois guardas a conversar sob a neblina quando o trem parou rapidamente na estação de Coimbra, mas não consigo lembrar do livro que eu estava a ler.
Após quase 11 horas de viagem desembarquei na estação Chamartín em Madrid. A partir daí é uma outra história...

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